quarta-feira, 19 de maio de 2010

Elegância Perigosa

O uso constante de salto alto por jovens entre 13 e 30 anos provoca sérios danos à saúde. O símbolo de elegância e sensualidade é peça do guarda-roupa até de crianças. Pesquisas mostram que andar nas alturas prejudica, e muito.



A pesquisa

- Estudo recente desenvolvido na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) comprova que o salto alto causa danos ao alinhamento postural e ao equilíbrio músculo-articular de meninas ainda em fase de crescimento.

- Autora da pesquisa, a fisioterapeuta Patrícia de Oliveira Pezzan analisou a influência do salto alto no corpo e no caminhar de jovens entre 13 e 20 anos. Os resultados mostram que o hábito constante (uso pelo menos três vezes por semana por mais de quatro horas consecutivas durante um ano) compromete a fase de crescimento ósseo muscular. Além disso, desencadeia alterações que, se não tratadas, podem resultar em lombalgias crônicas, dores no quadril que irradiam para outras partes do corpo e limitações de movimentos.

- De acordo com a fisioterapeuta, o uso abusivo de salto alto traz prejuízos em qualquer idade, mas na adolescência o hábito provoca danos precoces em uma fase importante: a da formação do corpo.

Resultados

- Foram avaliadas 50 meninas que não eram usuárias de salto alto e 50 que costumam usá-lo.

- Jovens que não dispensam esse tipo de calçado apresentam aumento da lordose lombrar (curva acentuada na base da coluna), aproximação dos joelhos e afastamento dos pés, deixando as pernas em formato de X.

- Foi observado que o salto alto eleva o calcanhar e projeta o corpo a frente, mexendo com o equilíbrio da adolescente. Para não cair, as usuárias tem de comepnsar. Os fatores de compensação alteram a postura, desencadeando a hiperlordose lombrar e a rotação anterior da bacia, também conhecida como bumbum empinado.

- Com o desalinhamento corporal, as articulações e os músculos sofrem grande estresse. Ao longo do tempo, movimentos desarmônicos e problemas crônicos se impõem, caso não seja feito um tratamento de reabilitação.

LIMITES

-- Crianças não devem, em hipótese alguma, usar salto, alto ou baixo. Médicos proibem com todas as letras esta prática.

-- Os sapatos altos não devem ser usados constantemente por adolescentes porque o corpo ainda está em formação.

-- Mulheres adultas que não abrem mão do acessório devem limitar o uso a três vezes por semana durante, no máximo, quatro horas.


DICAS PARA COMPRAR


* O fim do dia é o melhor período para compra de sapatos, pois os pés estão inchados, o que ajuda a escolher modelos mais adequados.
* Não compre sapatos menores que o seu pé.
* O sapato nem sempre se ajusta com o seu uso.
* Lembre-se que um pé é sempre maior que o outro, sempre calce o par antes da compra.
* Prefira materiais mais confortáveis.
* Modelos de plástico impedem o pés de respirar e podem facilitar o aparecimento de micoses.
* O conforto deve ser o fator principal a ser considerado na hora da compra.

Fonte: Hora de Santa Catarina

Por, Aline Medeiros
efeitosaude@yahoo.com.br

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dúvidas sobre anticoncepcionais

1. Algumas mulheres têm receio de adotar certos métodos anticoncepcionais - especialmente os injetáveis e pílulas - pois dizem que podem engordar. Isso é verdade?
Essa afirmativa não tem sido comprovada, já que com os anticoncepcionais modernos os efeitos colaterais diminuíram muito. Pesquisas mostram que o anticoncepcional faz engordar de duas formas: retendo líquidos, ou seja, causando inchaço e causando uma sensação de bem estar e com isso abrindo o apetite. Essas duas causas acontecem dependendo do hormônio presente no ancitoncepcional e de cada organismo. Há mulheres que têm efeito contrário. O anticoncepcional não é capaz de criar "gordurinhas".

2. Quando uma mulher deve optar por suspender a menstruação? Quais são os prós e contras desse método?
O ciclo menstrual feminino é algo fisiológico. Ela nunca deve ser interrompida, seja por estética ou modismo. Só deve haver suspensão do ciclo mediante indicações precisas e em casos de patologias, como a endometriose.

3. Usar anticoncepcionais por muito tempo pode prejudicar a fertilidade?
Depende do tipo de anticoncepcional e das características de cada paciente. Mas, de modo geral, não.

4. Existe algum anticoncepcional ideal para adolescente?
Sim. São aqueles com a menor dosagem possível e, preferencialmente, de uso contínuo, facilitando a posologia e diminuindo as chances de abandono ou erro ao tomar.

5. Por que o anticoncepcional não é indicado para mulheres fumantes após os 30 anos?
Na verdade, os métodos combinados são contraindicados para maiores de 35 anos e fumantes para evitar associação de dois fatores que aumentem o risco de trombose e eventos cardiovasculares.

6. Que outras funções as pílulas anticoncepcionais podem ter, além de evitar a gravidez?
São chamados de benefícios não contraceptivos. Elas podem ser usadas para controle de ciclos irregulares, para diminuir cólicas, reduzir fluxo, melhorar sintomas da TPM, proteger contra câncer de ovário e endométrio.


Por, Aline Medeiros
efeitosaude@yahoo.com.br

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Como funciona a popular "PÍLULA DO DIA SEGUINTE"?

A contracepção de emergência, conhecida popularmente por pílula do dia seguinte, é um medicamento emergencial, indicado para situações em que ocorreu a falha de outro método contraceptivo durante a relação sexual ou quando ela foi desprotegida.
Esse medicamento é composto apenas de progesterona. Ela é considerada mais potente, porque possui maior concetração de hormônio, quando comparada a uma pílula tomada diariamente.

Idealmente, esse medicamento deve ser tomado até 24 horas após a relação desprotegida, garantindo eficácia em 94% dos casos. Mas pode, eventualmente, ser tomada após 72 horas, porém os riscos de gravidez são maiores. Além disso a pílula do dia seguinte causa irregularidade no ciclo menstrual, aumentando o sangramento e tem como efeitos colaterais dor de cabeça, náuseas e vômito.

É comum ver mulheres utilizando a pílula do dia seguinte como mais um método contraceptivo, associando seu uso, inclusive, com o da pílula de anticoncepcional. Isso é totalmente contra indicado, pois a dose de hormônio que a mulher estará ingerindo é, praticamente, uma agressão ao seu corpo. Por isso, se você usa a pílula de anticoncepcional tradicional regularmente, não se preocupe e não precisa tomar a pílula do dia seguinte, salvo em algumas situações particulares, como o uso de alguns antibióticos, que podem tirar o efeito do anticoncepcional. Mas converse com seu farmacêutico ou médico de confiança, que ele irá lhe indicar a melhor escolha.

Na verdade a pílula anticoncepcional é o nosso próximo tema. Vou tirar as principais dúvidas da mulherada que segue o blog e dos homens que também tem obrigação de saber e orientar as namoradas e esposas! Se você tem alguma dúvida sobre isso mande um email para efeitosaude@yahoo.com.br. A pessoa não será identificada e a dúvida será resolvida.

Até a próxima.

Por, Aline Medeiros.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Fígado - Um órgão vital!

Órgão vital, o fígado também precisa de cuidados. Enquanto as atenções se voltam para coração, pulmões e rins, o fígado, órgão com a maior variedade de funções do corpo humano, é esquecido por muita gente. Doenças hepáticas podem ser evitadas com uma vida saudável e exames periódicos.



Ao contrário de outros órgãos vitais, como coração e pulmões, o fígado é um órgão que “sofre calado”, ou seja, demora a apresentar sintomas quando algo não vai bem. Assim, as pessoas costumam não dar muita importância a ele. Entretanto, como explica o hepatologista do Hospital Lifecenter, Osvaldo Flávio de Melo Couto, o fígado é o órgão mais complexo e com maior variedade de funções do corpo humano.

Os alimentos que comemos ou os líquidos que bebemos são absorvidos no intestino e, ao entrarem na circulação são obrigados a atravessar o fígado antes de poderem alcançar outros órgãos ou circularem no sangue. De igual modo, sucede com todas as substâncias que, à semelhança dos alimentos, forem introduzidas no organismo pela boca, como, por exemplo, acontece com os medicamentos.
Outra das funções hepáticas é a metabolização das substâncias que se encontram em circulação, sejam elas provenientes do exterior ou do interior do organismo.

Esta metabolização tem por finalidade tornar inofensivo, o que pode ser agressivo, ou permitir eliminar do organismo essas substâncias pelas fezes ou pela urina.
Sem saber desse perigo, muita gente comete verdadeiras agressões ao órgão. Entre elas, está o abuso de medicamentos, já que a utilização de remédios em excesso pode levar à hepatite medicamentosa. “São vários os grupos de medicamentos que podem causar doença no fígado, assim como são variados os tipos de lesões causadas por cada grupo. Dentre os mais comuns, estão antibióticos, analgésicos e antiinflamatórios. No geral, as lesões estão associadas ao uso de doses maiores do que as recomendadas pelos médicos. O uso de alguns medicamentos de forma contínua também pode causar hepatite crônica”, esclarece o hepatologista.


Relação complexa entre fígado e medicamentos




Existem três situações distintas quando falamos dos medicamentos e fígado:
- Existem medicamentos que podem causar doenças no fígado;
- Outros tratam doenças do fígado;
- E medicamentos que precisam do fígado para agir corretamente no organismo;

Vamos explicar cada uma das situações:
- No caso dos medicamentos que podem causar lesões no fígado podemos citar o Paracetamol (citado no post anterior), que é DEPENDENTE DA DOSE, ou seja o risco de causar dano no fígado depende da quantidade usada. Há também aqueles medicamentos que podem causar lesão no fígado e que não temos como prever, já que pode aparecer a qualquer momento pelo usuário do medicamento, como o Ácido Acetilsalicílico, a popular Aspirina.
- As doenças hepáticas também são tratadas com medicamentos, mas infelizmente existem poucos medicamentos específicos para as alterações do funcionamento hepático.
- E os medicamentos que precisam do fígado para agir corretamente são aqueles que a partir do momento que passam pelo fígado são metabolizados e resultam em uma outra substância, essa outra substância pode estar pronta para ser eliminada pelo organismo ou só agora, o metabólito ativo irá fazer o efeito desejado pelo paciente.

De uma forma geral pessoas que possuem algum tipo de problemas no fígado devem ficar atentas ao uso de determinados medicamentos, eles podem agravar o problema já existente. Mas desde que a dose do medicamento utilizado seja correta e o paciente tiver um acompanhamento médico ele pode estar usando medicamentos necessários, mas com uma atenção especial.


Saiba mais:
Hospital LifeCenter
Fígado e medicamentos

Este tema foi sugerido pela Andréia. Muito obrigada.

Por, Aline Medeiros
efeitosaude@yahoo.com.br

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Dipirona ou Paracetamol? Qual a melhor escolha?

Esse tema foi sugestão da Andréia, ela me mandou email dizendo que nunca sabe quando usar paracetamol ou dipirona, em caso de dor ou febre. Então, vamos ao assunto:

Todos os dois são potentes analgésicos e antipiréticos, traduzindo, agem no combate da dor e febre. Mas existem particularidades entre eles e na hora de optar por um ou outro deve-se levar em conta qual tem mais segurança, em relação a efeitos adversos.

Paracetamol
Este medicamento é uma opção segura, de uma forma geral, para todos os pacientes, independente de idade, desde que usado em doses terapêuticas (ou seja, nem abaixo do recomendado - assim não fará efeito desejado; nem acima - podendo levar a uma intoxicação).
Pessoas com problemas no fígado devem ter cuidado maior quando foi utilizar o medicamento. Sabe-se que quando for usado em doses altas e/ou o tratamento for a longo prazo este medicamento pode causar problemas hepáticos. Portanto, pessoas que possuem algum tipo de problema no fígado, são fãs de bebidas alcoólicas e tomam uma série de medicamentos de uso contínuo devem prestar mais atenção quando usar esse medicamento.

Dipirona
A dipirona é tão eficaz quanto o paracetamol, porém tem sido o medicamento de segunda escolha pelos médicos. Inclusive a dipirona é proibida em alguns países devido ao seu histórico de problemas sanguíneos, como anemia aplástica, agranulocitose além de reações dermatológicas e distúrbios gastrointestinais.



Comparando-se um e outro, conclui-se que:

* O perfil de segurança do paracetamol é maior, por isso é o medicamento de primeira escolha;
* Paracetamol é últil no manejo de dor e febre e pacientes de todas as idades, desde que usado em doses terapêuticas;
* Pacientes devem ser educados em relação ao limite da utilização do paracetamol em condições de alto risco;
* Os problemas sanguíneos relacionados ao uso da dipirona são raros, porém é independente da dose, por isso de difícil prevenção, sendo assim não deve ser utilizado como primeira escolha.


No dia a dia da farmácia todos os dois são amplamente vendidos. Todo medicamento pode apresentar efeitos adversos e deve ser utilziado com cuidado e sempre sob orientação de um profissional de saúde. Converse com meu médico ou farmacêutico e veja qual dos dois é o mais indicado no seu caso, jamais o utilize por conta própria. Aqui estou esclarecendo seu uso e destacando apenas seus principais pontos, a escolha adequada de um ou outro é mais complexo que isso.


Saiba mais:

Portal Saúde


Por, Aline Medeiros
efeitosaude@yahoo.com.br